Recentemente, a China anunciou a entrada em operação do Origin Wukong, seu computador quântico de terceira geração, equipado com um chip quântico supercondutor de 72 qubits. Desenvolvido pela Origin Quantum Computing Technology, o computador é descrito como o computador quântico supercondutor programável mais avançado do país até o momento.
O nome Wukong, inspirado em Sun Wukong, uma figura mítica chinesa conhecida por suas 72 transformações, simboliza a capacidade do computador. No entanto, apesar das afirmações postas, várias limitações significativas do Wukong devem ser apontadas. Ao compararmos as taxas de dissipação T1 e decoerência T2 do Wukong com as do IBM Osaka, por exemplo, é evidente uma discrepância substancial que coloca em dúvida a eficiência deste computador quântico chinês. Além disso, aparentemente, a conectividade dos qubits é limitada, sendo que vários qubits parecem não interagir, o que certamente compromete a funcionalidade do dispositivo. Apesar disso, Jia Zhilong, vice-diretor do Centro de Pesquisa de Engenharia de Computação Quântica de Anhui, disse que o chip Wukong tem 198 qubits, compreendendo 72 qubits computacionais (https://www.chinadaily.com.cn/a/202401/08/WS659b5431a3105f21a507b099.html).
Embora o anúncio seja importante, tais observações sugerem que há um longo caminho a percorrer antes que tais computadores atinjam sua plena capacidade prometida. De fato, este caso ressalta a importância da verificação e análise crítica no campo da computação quântica, onde a realidade nem sempre corresponde à retórica. Enquanto a China e muitos outros países e empresas avançam na corrida quântica, os obstáculos para realizar plenamente o potencial dessas tecnologias se tornam evidentes. Este é somente mais um passo no longo e complexo caminho da computação quântica.
Para mais detalhes veja o post de Brian Siegelwax na medium.com: https://medium.com/the-modern-scientist/origin-quantums-wukong-6aa1f79ab436
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